O Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto aceitou a providência cautelar interposta pelo Boavista com o objectivo de suspender a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que despromove o clube para a Liga de Honra. Adelina Trindade Guedes, administradora da SAD do Boavista, disse à agência “Lusa” que o clube foi hoje notificado pelo tribunal e, embora tenha sublinhado tratar-se de uma vitória, porque assim os axadrezados continuam com hipóteses de se manterem na Liga principal, continua a aguardar novos desenvolvimentos. "Fomos notificados hoje do despacho do juiz que admite liminarmente a providência cautelar", disse Adelina Trindade Guedes, sublinhando que o tribunal tomou uma decisão em apenas cinco dias. A administradora da SAD adiantou que Paços de Ferreira - que poderia beneficiar da descida do Boavista para se manter na Liga principal - e Federação Portuguesa de Futebol (FPF) também já devem ter sido notificados e têm dez dias para se opor à decisão. Na madrugada de 5 de Julho, cinco membros do Conselho de Justiça (CJ) da FPF confirmaram as penas de descida de divisão ao Boavista, por coacção sobre árbitros, e de suspensão por dois anos do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, por tentativa de corrupção. Os castigos firam decretados em primeira instância pela Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no âmbito do processo ‘Apito Final’. O presidente do CJ, no entanto, considera esta reunião inválida - porque a tinha por terminada ao final da tarde e abandonado os trabalhos, juntamente com o vice-presidente - e também interpôs uma providência cautelar para suspender a decisão dos cinco conselheiros. A direcção da FPF, que ainda não homologou os dois campeonatos profissionais, abriu um processo de averiguações ao sucedido na reunião do CJ e contratou o especialista em Direito Administrativo Professor Diogo Freitas do Amaral para se responsabilizar pela condução deste processo, que deve estar concluído até meados da próxima semana.
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