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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CICLISMO: Jimmy Engoulvent conquista amarela no prólogo de Viseu

O francês Jimmy Engoulvent (Saur-Sojasun) provou hoje que não foi por acaso que bateu os irmãos Schleck e Lance Armstrong no prólogo da Volta ao Luxemburgo, sendo o mais rápido no prólogo da Volta a Portugal. O gaulês cumpriu os 5,5 quilómetros, com partida e chegada em Viseu, em 6m25s, deixando o mais directos perseguidores, Vladimir Isaichev (Xacobeo Galicia), Alejandro Marque (Palmeiras Resort-Prio-Tavira) e Patrik Sinkewitz (ISD-Neri), a 5 segundos. O melhor luso foi Filipe Cardoso (LA-Paredes Rota dos Móveis), sétimo, a sete segundos.
Apesar das treze rotundas do percurso, o traçado não era muito técnico, exigindo mais potência do que capacidade de malabarismo sobre rodas. O vento forte e o calor introduziram mais uns pozinhos de exigência. Engoulvent foi o homem que melhor se adaptou e conquistou um triunfo previsível. “Não me surpreendeu este resultado. É a minha terceira vitória da temporada e já na Volta ao Luxemburgo consegui conquistar o prólogo, diante de Armstrong, Andy e Frank Schleck, entre outros. A prova tem demasiadas subidas para que possa pensar em chegar ao final de amarelo”, disse o primeiro amarela da competição.
Se o primeiro milho costuma ser para os pardais, a verdade é que grão a grão enche a galinha o papo. Motivo pelo qual todos os favoritos de empenharam a fundo, havendo dois que se destacaram dos demais. Patrik Sinkewitz foi o melhor, ganhando dois segundos a David Blanco (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), o outro candidato à amarela final que conseguiu um posto nos dez mais do dia. Os outros homens com pretensões ficaram mais para trás. David Bernabéu (Barbot-Siper) cedeu sete segundos para o alemão, tanto como Sergio Pardilla (CarmioOro-NGC). Santiago Pérez (CC Loulé-Louletano-Orbitur-Aquashow) gastou mais 13 segundos do que Sinkewitz. Emanuele Sella (CarmioOro-NGC) confirmou as debilidades na luta contra o cronómetros, distando já 21 segundos do adversário que entrou melhor na prova.
Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), vencedor do prólogo há um ano, não foi além da 12.ª posição, mas os dez segundos que cedeu para o líder ainda lhe permitem sonhar com o assalto à camisola amarela já amanhã, graças às bonificações. “Estou bem, mas hoje não consegui desenvolver a bicicleta como queria. Ao contrário do que se dizia, há muita gente de bom nível. As estrelas podem ser mais pequenas, mas são em maior número. Vou tentar estar na discussão todos os dias, pois em todas as jornadas há bonificações. Amanhã teremos provavelmente uma chegada em pelotão”, prevê Cândido, em jeito de declaração de interesses numa disputa ao sprint.
Batido pelo “Foguete de Rebordosa” por menos de um segundo em 2009, Filipe Cardoso entrou na edição 72 da Volta como melhor português. “O meu objectivo era vestir de amarelo, mas, tendo em conta a qualidade dos corredores que ficaram à minha frente, estou satisfeito. Este ano, como o prólogo era mais extenso, o factor explosão não teve tanta importância, o que me prejudicou”, explica o corredor da LA-Paredes Rota dos Móveis.
O sucesso de Jimmy Engoulvent valeu-se também a liderança por pontos e contribuiu para o primeiro lugar colectivo da Saur-Sojasun. O holandês Jetse Bol (Rabobank Continental) é o melhor jovem.
A primeira etapa antevê-se como uma oportunidade para os sprinters. Os 188 quilómetros que vão ligar Gouveia a Oliveira de Azeméis atravessam a serra do Caramulo (2.ª categoria), mas a montanha está a mais de cem quilómetros da meta, não se esperando que sirva para afastar os velocistas da luta pelo triunfo na tirada.
A conquista da camisola amarela pela Saur-Sojasun pode ser um alívio para as equipas portuguesas, já que os franceses deverão tomar a iniciativa de controlar a corrida. Além da defesa da posição de Engoulvent, a Saur-Sojasun tem aspirações a lançar o finalizador Jimmy Casper para o sprint, onde irá contar com uma uma concorrência numerosa: Cândido Barbosa, Filipe Cardoso, Daniele Pietropolli (Lampre-Farnese Vini), Joaquín Sobrino (Caja Rural), Francisco Pacheco (Xacobeo Galicia), William Bonnet (Bbox Bouygues Telecom), Yuri Metlushenko (Amore e Vita-Conad) e Coen Vermeltfoort (Rabobank Continental).

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