BOAVISTA F.C. - PANTERAS NEGRAS - FANATIC SUPPORTERS

sexta-feira, 12 de março de 2010

Mensagem aos adeptos

Desta vez, o “Meu Canto” não é apenas meu – está subscrito por toda a Direcção. Neste espaço, vamos dar a conhecer aos sócios as dificuldades (que se mantêm) e o que tem sido feito. A assinatura deste texto é, pois, colectiva.

Comecemos, então, pelas dificuldades. O que significa, desde logo, referirmo-nos às receitas, que têm sido reduzidas, fruto, fundamentalmente, da participação da equipa sénior de futebol no C.N. II Divisão. Basta apontar que nos dois recentes jogos que disputámos em casa (Vianense e Espinho), entre quotas dos associados e bilhetes, apenas foi possível arrecadar – nos dois jogos, repita-se – cerca de 7.500,00 euros.

Este dado serve para que seja possível perceber a necessidade de se conseguirem receitas extraordinárias, o que temos procurado sem descanso, ainda que nem sempre encontrando interlocutores disponíveis.

Mas decorrem negociações em três/quatro áreas, as quais, a concretizarem-se, serão benéficas para o Boavista no seu todo. Não especificamos os acordos que estamos a tentar celebrar, porque nos comprometemos com um normal dever de confidencialidade.

Confunde-nos que, amiúde, haja quem não entenda que o recurso à penhora das receitas ordinárias traduz-se para nós, num sufoco doloroso e numa quase morte lenta da instituição Boavista. É indiscutível que os credores têm todo o direito em reclamar o que lhes é devido. Mas, muitos deles, outrora permissivos, tornam-se agora intransigentes.

Tudo isto faz com que, apenas para darmos um exemplo, um gesto que deveria ser um mero acto administrativo se torne numa quase permanente dor de cabeça. Referimo-nos ao pagamento da electricidade e da água, que nos exige uma verba mensal que varia entre os 13 e os 15 mil euros.

A juntar ao que chamamos as nossas dificuldades corriqueiras, aparecem agora processos concluídos pela FIFA, que têm a ver com jogadores de futebol contratados a outros clubes e cujas transferências não foram pagas. Com diplomacia e disponibilidade dos nossos interlocutores, foi já possível renegociar com um clube inglês e com um espanhol. Mas, obviamente, os novos compromissos têm que ser respeitados.

Neste clube, quando vivemos um momento de felicidade, sabemos que a ele se sucedem, quase sempre, duas ou três notícias menos boas.
Passemos, agora, ao que tem sido o trabalho da Direcção. Antes do mais, mesmo criticados por tal, queremos deixar claro que continuaremos a manter alguma discrição sobre a nossa actividade. Dirigir, hoje, o Boavista é – como sempre será – um enorme motivo de orgulho mas é também algo que exige uma enorme militância clubista. E esta entrega não rima com autoelogios ou, como bem diz o povo, não permite que passe a sensação de que pretendemos pôr-nos em bicos de pés. Aquela a que alguém chamou de obra do regime está aí e bem visível. O excelente relvado sintético do Estádio do Bessa Século XXI é elogiado por todos os que o pisaram e tem permitido uma magnífica média de utilização. A que foi uma promessa eleitoral tornou-se numa melhor realidade e as obras nos campos de treinos e de sete já principiaram, faltando agora que a chuva nos dê tréguas. Não diremos que tornamos o singelo em dobro, mas os dois campos prometidos vão ser três. Isto sem custos financeiros para o clube, o que é possível porque uma forte empresa italiana (Italgreen) e a sua associada portuguesa (a Globalstadium) acreditaram na marca Boavista. E começar a ver a Formação regressar a casa foi um motivo de enorme satisfação. Ao mesmo tempo, demos início a uma reestruturação no quadro de colaboradores do clube. Esta é uma tarefa que dispensávamos, porque nunca é agradável ver partir os que nos estão próximos. Mas o referido quadro estava dimensionado para as exigências da I Divisão/competições europeias e há que o adequar às realidades actuais. Fica a certeza de que quem, na Direcção, tem em mãos o assunto, tem tratado as pessoas envolvidas com a dignidade que o seu passado profissional reclama. Quanto à gestão corrente, foi possível renegociar contratos como os respeitantes aos seguros e às telecomunicações, em ambos os casos com notórias vantagens financeiras para o clube. Outras negociações vão seguir-se e delas daremos notícia em tempo certo. Entretanto, entendemos que um grande clube também vive de iniciativas mais pequenas. Daí que, tenhamos constituído uma parceria que permitiu a realização, em espaços interiores do Bessa, de duas noites (“clubbin”) em que intervieram vários DJ’s. E mesmo sabendo que o momento não será o ideal, não deixámos de criar adereços que identifiquem o Boavista, casos de dois cachecóis distintos, um deles a celebrar a inauguração do nosso primeiro relvado sintético. Do mesmo modo, temos promovido o excelente auditório do Bessa, onde já foi apresentado um livro e uma escola teve uma acção na Área de Projecto, ambos os casos tornados públicos pela Comunicação Social. Muitas vezes afogados pelas exigências do dia-a-dia não deixamos de pensar o Boavista, procurando que o que fazemos hoje seja fundamental para que haja amanhã. Não queremos acabar este diálogo com os boavisteiros sem algumas notas: 1. A primeira vai para os colaboradores do Clube e da SAD. Temos deparado com casos notáveis em que, para além do vínculo laboral, há um vestir a camisola que contribui para que o Boavista continue vivo. Lamentamos não lhes poder dar sempre a resposta firme que merecem. Mas sabem todos que os respeitamos e que o futuro também passa por eles; 2. Não somos insensíveis às críticas e com elas, por vezes, temos mesmo aprendido. Deixando claro que não somos os donos da verdade também queremos esclarecer que somos completamente indiferentes quando nos tentam atingir com maledicência, normalmente a coberto do anonimato ou praticada em circuitos fechados, de onde saem depois os “pombos-correio”. Ouvindo sempre os que defendem frontalmente que fariam diferente de nós, exigimos ser respeitados, mais que não seja porque não desertámos nem ficámos em casa, a assobiar para o ar, quando as portas estiveram prestes a fechar-se. Repetimos o que já dissemos: se aparecer alguém com um projecto sustentado e credível que viabilize o Boavista, os nossos lugares estão à sua disposição; 3. Queremos agradecer aos Boavisteiros que nos têm apoiado com as suas palavras e a sua presença. E, entre eles, não podemos esquecer os “Panteras Negras”, para nós, Direcção, a melhor claque do mundo. 4. Praticamente, não abordamos a SAD. Essa é uma questão para outro “Meu Canto” e para o respectivo Conselho de Administração.

A Direcção do Boavista F. C.

omeucanto@boavistafc.pt

FONTE: http://boavistafc.pt/

1 comentário:

saul disse...

È tudo muito bonito e estou certo que todos contribuimos para o nosso clube,
agora o que não posso deixar passar em claro é que mesmo quando se cria iniciativas de cariz particular,só
porque tem uma pequenissima participação de alguém do BFC,logo querem saber o lucro dessa iniciativa reclamando para si toda a verba mesmo insignificante que ela seja,nem que a mesma estivesse destinada a uma nova iniciativa,assim fica difícil e mais dificil se torna quando não se pode promover iniciativas invocando o nome do BFC pois toda a verba seria para os fisco,mas pergunto não vamos ter que pagar?,então quanto mais depressa melhor.