O português Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio-Tavira) demonstrou hoje ser um homem a ter em conta para a discussão da Volta a Portugal, começando a prova de amarelo, graças ao triunfo conseguido no prólogo de 2,4 quilómetros, disputado no centro de Lisboa. O corredor da equipa algarvia concluiu a prova em 2m56s52, batendo Filipe Cardoso (Liberty Seguros) por apenas dez centésimos. No terceiro lugar colocou-se o alemão Danilo Hondo (PSK Whirlpool-Author), que não precisou da bicicleta de contra-relógio para pedalar a alta velocidade, só perdendo 59 centésimos para o vencedor.
A décima vitória do ano teve um sabor especial para Cândido Barbosa. Antes de mais por ser na corrida mais importante e por lhe dar a liderança da Volta. Mas também porque todos os segundos são preciosos para a afirmação do corredor português como real candidato ao triunfo e, sobretudo, como líder da equipa. No primeiro embate, Barbosa ganhou seis segundos ao companheiro mas rival David Blanco. Tendo em conta que o homem de Rebordosa pode conseguir bonificações nas próximas etapas, começa a perceber-se melhor o discurso do eterno candidato ontem à tarde, quando disse que não havia rivalidade na equipa tavirense e que quem saísse na frente da Senhora da Graça teria o apoio de todos os outros elementos da formação dirigida por Vidal Fitas.
David Blanco foi mesmo o favorito mais penalizado pelo tipo de esforço, explosivo, que era exigido no pequeno contra-relógio desta tarde. Nada de dramático, até porque as diferenças são muito escassas e facilmente recuperáveis. Ainda assim e em termos indicativos, Cândido Barbosa deu uma demonstração de força. Rubén Plaza (Liberty Seguros) foi sexto e cedeu um segundo. Seguiram-se, ambos a dois segundos do líder, mais dois candidatos à amarela final: Héctor Guerra (Liberty Seguros) e Tiago Machado (Madeinox-Boavista). Dos cinco homens que o Jornal Ciclismo e a generalidade da comunicação social apontam como pretendentes ao cepto, apenas David Blanco ficou fora dos dez primeiros, tendo de contentar-se com a 16ª posição, a 6 segundos do vencedor.
A Liberty Seguros foi a equipa mais forte, colocando quatro homens no top 10 e conseguindo o primeiro posto na tabela colectiva. O Palmeiras Resort-Prio-Tavira também esteve em bom plano, com três elementos nos quinze primeiros, e está no segundo lugar por equipas. A terceira melhor equipa portuguesa, quinta da geral, é a Madeinox-Boavista. Estes resultados reforçam o prognóstico de que serão estes três blocos a dominarem a corrida.
A vitória no prólogo deu a Cândido Barbosa a liderança da classificação por pontos. Na juventude manda o crónico candidato à camisola laranja, este ano também com ambição de chegar à amarela, Tiago Machado.
Amanhã corre-se a primeira etapa em linha. É a mais longa jornada da prova, ligando Caldas da Rainha a Castelo Branco, ao longo de 228,7 quilómetros. Pelo caminho há metas volantes em Alpiarça (57,5 km), Nisa (164,5 km) e Castelo Branco (216,7). Há ainda dois prémios de montanha de terceira categoria, em Vila Velha de Ródão (176,7 km) e Atalaia (192,6 km). A partida está marcada para as 11h40, estando o final da etapa marcado para a segunda passagem na meta, que se prevê para as 17h27.
CLASSIFICAÇÕES Geral Individual 1º Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), 2m56s 2º Filipe Cardoso (Liberty Seguros), mt 3º Danilo Hondo (PSK Whirlpool-Author), a 1s 4º David Herrero (Xacobeo Galicia), mt 5º Manuel Cardoso (Liberty Seguros), mt 6º Rubén Plaza (Liberty Seguros), mt 7º Héctor Guerra (Liberty Seguros), a 2s 8º Tiago Machado (Madeinox-Boavista), mt 9º Eloy Teruel (Contentpolis-Ampo), a 3s 10º Hugo Sabido (LA-Paredes Rota dos Móveis), mt 11º Samuel Caldeira (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), a 4s 12º Dirk Bellmaker (Landbouwkrediet-Colnago), mt 13º Alessandro Petacchi (LPR Brakes-Farnese Vini), mt 14º Carlos Nozal (Liberty Seguros), a 5s 15º Alejandro Marque (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), mt
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