Álvaro Braga Júnior vai acumular presidência da SAD e Direcção

Álvaro Braga Júnior, presidente da SAD do Boavista, é o candidato único à liderança da Direcção do clube "axadrezado", surgindo na eleição de 28 de Junho com o "apoio total de Valentim Loureiro".

"Depois de falar com vários amigos, acabei por ter um telefonema que foi decisivo para a minha decisão, nomeadamente o apoio transmitido pelo Major Valentim Loureiro. Sei que conto com o seu apoio a cem por cento", disse o candidato.

Os elogios para o antigo presidente do Boavista não se ficaram por aqui: "Cheguei a esta casa pelas suas mãos, bem como à Liga. Solidificamos uma relação de amizade. Ele ficaria magoado se eu tomasse uma decisão sem falar com ele, com quem muito aprendi. Se fizer um pouco do que Valentim Loureiro fez pelo Boavista, já serei um bom presidente".

O dirigente escusou-se a revelar quem vai completar a Direcção, mas garantiu a continuidade de Tavares Rijo como presidente-adjunto, enquanto Joaquim Agostinho será vice-presidente e assumirá também lugar no conselho de administração da SAD: este trio tentou desde sempre encontrar uma solução para o futuro directivo do clube.

"Quando regressei a esta casa sabia que as coisas não estavam fáceis. Mas não temi e não temo. Sentir-me-ia chocado com o vazio que hoje haveria se não houvesse esta candidatura", disse.

Certo que tem pela frente uma missão muito complicada, Álvaro Braga Júnior prometeu "trabalhar à procura de soluções" e defendeu alguns pontos de honra.

"Dizer aos preocupados de sofá que está na altura de se irem pondo a pé, exigir que a equipa (directiva) seja auxiliada e estudar os estatutos para criar um Conselho Consultivo com gente que tão bem conhece a casa e quero reaproximar ao Boavista" são ideias prioritárias para o candidato.

Em relação ao futuro, Álvaro Braga Júnior revelou que está a preparar a equipa para disputar a Liga - "não me passa outra ideia pela cabeça" - enquanto aguarda uma decisão do Conselho de Justiça da FP Futebol ao recurso apresentado face à punição com descida de divisão decretada pela Comissão Disciplinar da Liga.

A mesma decisão será fundamental quanto ao empréstimo bancário que visa facilitar a gestão corrente do clube, com um passivo de cerca de 90 milhões de euros.

"Não há entidade bancária séria que conceda um empréstimo sem garantias. Estamos a trabalhar para elas. Soluções rápidas tiradas da cartola fogem com a mesma rapidez", vincou.

A propósito da decisão do CJ da FPF, Álvaro Braga Júnior diz que continuará em silêncio, mas avisou que também sabe "chorar quando é preciso" caso persistam as "lamúrias sistemáticas" e "pressões" de terceiros junto do órgão federativo.

NOTICIA DO JORNAL "OJOGO"